Al Baqarah 2/102
[¹] “Quando Jesus, filho de Maria, disse: “Ó filhos de Israel! Por certo, sou para vós o Mensageiro de Deus, para confirmar a Tora, que havia antes de mim, e anunciar um Mensageiro, que virá depois de mim, cujo nome é Ahmad.” Então, quando lhes chegou com as evidências, disseram: “Isso é evidente magia!”E então, seguiram o que os demônios inventaram, acerca do Reinado de Salomão[¹]. Salomão não se tornou incrédulo, mas os demônios que ensinaram aos homens a magia se tornaram incrédulo[²]. Seguiram também o que aconteceu[³] com os dois príncipes, Harut e Marut[⁴], na Babilônia. Ambos a ninguém ensinavam, sem antes dizer: “Nossa situação (o que aconteceu conosco)[⁵] é uma completa ilusão, não a ignore isso.” Porém, eles (não tinham boa vontade)[⁶] aprendiam de ambas coisas para separar a pessoa de seu cônjuge, mas, com isso não podiam prejudicar ninguém, a não ser com a anuência de Deus. (Os judeus), então, aprendem o que lhes prejudica e não o que lhes beneficia. Eles sabem muito bem que aqueles que vendem suas almas[⁷] para essas coisas (deixando os versículos de Deus) não terá nada, na derradeira vida. Quão ruim vendem suas almas! Se soubessem!
(Fundação Suleymaniye)
Quem mais injusto que aquele que forja a mentiram acerca de Deus, enquanto convocado para o Islão? Deus não guia o povo injusto
Desejam apagar, com o sopro das bocas, a luz de Deus; e Deus completará Sua luz, ainda que o odeiem os renegadores da Fé.” (As Saff 61:6-8) [²] Depois que Salomão faleceu, as seguintes palavras que afirmavam que ele era um incrédulo foram adicionadas ao Antigo Testamento por seus adversários:
“E disse a Jeroboão: Toma para ti os dez pedaços, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei as dez tribos.Porém ele terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Israel.Porque me deixaram, e se encurvaram a Astarote, deusa dos sidônios, a Quemós, deus dos moabitas, e a Milcom, deus dos filhos de Amom; e não andaram pelos meus caminhos, para fazerem o que é reto aos meus olhos, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como Davi, seu pai.” (Reis 11:31-33)
Ao recitar essas palavras, alguns judeus tinham objetivo de mostrar que o Alcorão não confirma a Torá, porque essas palavras são o oposto do versículo Sad 38:30 no Alcorão, que decreta:
“Dadivamos a Davi com Salomão. Que excelente servo! Por certo, ele era devotado a Deus.” (Sad 38:30)
O livro mais recente confirma os anteriores. Este sistema de confirmação é uma prova para as pessoas que receberam os livros anteriores de que este novo livro também é de Deus.
[³] Nuzul significa, “(algo) descer ou vir a existir” (Maqayis). Tudo o que aflige uma pessoa é chamado de “naazila” (Lisan).
[⁴] A palavra que se refere a Harut e Marut nas cópias atuais do Alcorão é lida e pronunciada como “malakayn = المَ َل َكينْ dois anjos”. No entanto, Deus decreta no Alcorão:
“Não fazemos descer os anjos senão com a verdade, e, nesse caso, não haveria, para eles, dilação.” (Al Hijr 15:8)
Portanto, os anjos não ensinam feitiçaria. A palavra deve ser lida como “malikayn = ملكينْ ِ dois maliks” (Qurtubi). Um governante coroado (rei) é chamado de “malik”, assim como um príncipe herdeiro (Mufradat). Em nossa opinião, Harut e Marut eram dois príncipes herdeiro do trono através da manipulação da percepção pública por seus oponentes. Os príncipes ensinaram os truques que foram jogados neles para outras pessoas, com a condição de que essas pessoas não usassem os truques para abusar de ninguém. Há pistas em Bacara 2: 104 para entender esses truques.
[⁵] A palavra “fitnah =” é da raiz “fa-ta-na = فتــن”, que significa “colocar algo no fogo” (Lisan). Sua forma verbal é “fatana”. Quando o objeto do verbo “fatana” é humano, os seguintes significados se tornam possíveis para a palavra “fitnah”, dependendo do contexto: A palavra “fitna” significa “provação” no caso em que é semelhante à detecção da pureza de um substância (Al A’raf 7/155), “tentação” no caso em que é como cobrir a mina com ouro (Al A’raf 7/27) “guerra” no caso em que é como colocar a sociedade em risco perigo (Al Baqarah 2/191) e “tormento do inferno” se for mencionado o castigo com fogo (Az Záriyat 51/10-14).).
[⁶] O objetivo deles não era aprender lições, mas aprender táticas e usá-las para o mal.
[⁷] Ser fascinado por essa palavra é usado no sentido de “vender a si mesmo”. Este significado é claramente expresso na continuação do verso. “a palavra” é a palavra mágica que fascina as pessoas.
[¹] Ou seja, Salomão não renegou sua crença, praticando a Magia.E seguiram o que os demônios recitavam acerca do reinado de Salomão. E Salomão não renegou a Fé[¹], mas foram os demônios que a renegaram. Eles ensinaram aos homens a magia e o que fora descido sobre os dois anjos Hãrüt e Mãrüt[²], na Babilônia. E ambos a ninguém ensinaram, sem antes dizer: “Somos, apenas, tentação; então, não renegues a Fé.” E os homens aprenderam de ambos o[³] com que separavam a pessoa de sua mulher. E eles não estavam, com ela[⁴] prejudicando a ninguém senão com a permissão de Allah. E eles aprenderam o que os prejudicava e não os beneficiava. E, com efeito, sabiam que quem a adquirisse não teria, na Derradeira Vida, quinhão algum. E, em verdade, que execrável o preço pelo qual venderam suas almas! Se soubessem!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[²] Harut e Marut são os dois anjos, igualmente, mencionados nas tradições judaicas do Midrash, e no Novo Testamento. Vide II São Pedro II 4 e São Judas 6.
[³] O: aquilo, a magia.
[⁴] Com ela: com a magia.
[¹] Este versículo tem sido interpretado diversificadamente. Quem eram Harut e Marut? Que ensinavam eles? Por que o ensinavam? O ponto de vista que se apresenta plausível, a nós, é o do Tafsir Haccani, segundo Baidhawi, e o do Tafsir Alcabir. A palavra “anjos”, aplicada com respeito a Harut e Marut, é conotativa. Significa “homens benévolos, de conhecimento, de ciência e de poder”.E seguiram o que os demônios apregoavam, acerca do Reinado de Salomão. Porém, Salomão nunca foi incrédulo, outrossim foram os demônios que incorreram na incredulidade. Ensinaram aos homens a magia e o que foi revelado aos dois anjos, Harut e Marut[¹], na Babilônia. Ambos, a ninguém instruíram, se quem dissessem: Somos tão somente uma prova; não vos torneis incrédulos! Porém, os homens aprendiam de ambos como desunir o marido da sua esposa. Mas, com isso não podiam prejudicar ninguém, a não ser com a anuência de Deus. Os homens aprendiam o que lhes era prejudicial e não o que lhes era benéfico, sabendo que aquele que assim agisse, jamais participaria da ventura da outra vida. A que vil preço se venderam! Se soubessem…
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E acreditam no que os demônios propalavam no reino de Salomão, quando Salomão nunca foi um descrente. Descrentes foram os demônios que ensinaram aos homens a magia e o que havia sido revelado na Babilônia aos dois anjos Harut e Marut. Mas estes nunca instruíram alguém sem antes preveni-lo: “Fomos enviados para tentar-te. Não renuncies à tua fé.” Deles, os homens aprendem um feitiço capaz de semear a discórdia entre marido e mulher. Assim mesmo, não são capazes de usá-lo contra ninguém sem a permissão de Deus. Eles só aprendem o que os prejudica e não beneficia. E sabem que quem se entregar a tais práticas nenhuma herança receberá na vida futura. Por que preço vil venderam suas almas! Se soubessem!
(Mansour Challita, 1970)
E eles tomaram o rumo que os homens rebeldes seguiram no reinado de Salomão: —e Salomão não descreu: mas foram os rebeldes que descreram. ensinando ao povo falsidade e decepção. E eles seguiram o que em Babilônia foi revelado aos dois anjos Hãrüt e Márüt. Mas estes dois a ninguém ensinaram até terem dito, ‘Nós somos apenas uma tentativa, por isso não descrede’. Assim os homens aprenderam deles aquilo pelo que fazem diferença entre homem e sua esposa, mas a ninguém prejudicaram com isso, exceto por ordem de Allah: pelo contrário, esta gente está conhecendo o que os possa prejudicar c não lhes fazer bem. E eles tem certamente sabido que aquele que nisso trafica, não tem quota alguma de bem no futuro: e seguramente mal e aquilo porque eles venderam suas almas: tivessem eles ao menos sabido!
(Iqbal Najam, 1988)
Al Baqarah 2/102
1 • 2 • 3 • 4 • 5 • 6 • 7 • 8 • 9 • 10 • 11 • 12 • 13 • 14 • 15 • 16 • 17 • 18 • 19 • 20 • 21 • 22 • 23 • 24 • 25 • 26 • 27 • 28 • 29 • 30 • 31 • 32 • 33 • 34 • 35 • 36 • 37 • 38 • 39 • 40 • 41 • 42 • 43 • 44 • 45 • 46 • 47 • 48 • 49 • 50 • 51 • 52 • 53 • 54 • 55 • 56 • 57 • 58 • 59 • 60 • 61 • 62 • 63 • 64 • 65 • 66 • 67 • 68 • 69 • 70 • 71 • 72 • 73 • 74 • 75 • 76 • 77 • 78 • 79 • 80 • 81 • 82 • 83 • 84 • 85 • 86 • 87 • 88 • 89 • 90 • 91 • 92 • 93 • 94 • 95 • 96 • 97 • 98 • 99 • 100 • 101 • 102 • 103 • 104 • 105 • 106 • 107 • 108 • 109 • 110 • 111 • 112 • 113 • 114 • 115 • 116 • 117 • 118 • 119 • 120 • 121 • 122 • 123 • 124 • 125 • 126 • 127 • 128 • 129 • 130 • 131 • 132 • 133 • 134 • 135 • 136 • 137 • 138 • 139 • 140 • 141 • 142 • 143 • 144 • 145 • 146 • 147 • 148 • 149 • 150 • 151 • 152 • 153 • 154 • 155 • 156 • 157 • 158 • 159 • 160 • 161 • 162 • 163 • 164 • 165 • 166 • 167 • 168 • 169 • 170 • 171 • 172 • 173 • 174 • 175 • 176 • 177 • 178 • 179 • 180 • 181 • 182 • 183 • 184 • 185 • 186 • 187 • 188 • 189 • 190 • 191 • 192 • 193 • 194 • 195 • 196 • 197 • 198 • 199 • 200 • 201 • 202 • 203 • 204 • 205 • 206 • 207 • 208 • 209 • 210 • 211 • 212 • 213 • 214 • 215 • 216 • 217 • 218 • 219 • 220 • 221 • 222 • 223 • 224 • 225 • 226 • 227 • 228 • 229 • 230 • 231 • 232 • 233 • 234 • 235 • 236 • 237 • 238 • 239 • 240 • 241 • 242 • 243 • 244 • 245 • 246 • 247 • 248 • 249 • 250 • 251 • 252 • 253 • 254 • 255 • 256 • 257 • 258 • 259 • 260 • 261 • 262 • 263 • 264 • 265 • 266 • 267 • 268 • 269 • 270 • 271 • 272 • 273 • 274 • 275 • 276 • 277 • 278 • 279 • 280 • 281 • 282 • 283 • 284 • 285 • 286 •