Alcorão 2-173

Al Baqarah 2-173


Ele vos proibiu, apenas o animal morto (sem abater), o sangue derramado, ¹ a carne de porco, e o que é abatido com a invocação de outro nome que não seja de Deus. ² Se uma pessoa, sem intenção nem abuso, for impelido a isso e alimentar-se um desses, não se afasta da sua estrutura natural. ³ Deus é Perdoador e Beneficentíssimo.

Fundação Suleymaniye

[¹] Somente o sangue derramado é proibido, o sangue que fica nas veias não é proibido. (vide Alcorão 6/145)

[²] A carne de animais abatidos por não-muçulmanos ou abatidos sem Basmala não é proibida de comer, a menos que se saiba que eles são abatidos em nome de alguém que não seja Deus. Não há versos ou hadices que comprovem a proibição de tal carne (vide Alcorão 6/145, Alcorão 5/3).

[³] O ism = إِثْمَ no verso significa o comportamento que que afasta a pessoa da bondade e da estrutura natural. (Mufradat).


Ele vos proibiu, apenas, a carne do animal morto ¹ e o sangue, e a carne de porco, e o que é imolado com a invocação de outro nome que Allah. E quem é impelido a alimentar-se disso, não sendo transgressor nem agressor ² não haverá pecado sobre ele. Por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.

 (Dr. Helmi Nasr, 2015)

[¹] Esta proibição, promulgada há quatorze séculos, já antecipava recentes descobertas da Medicina, que, agora, proíbe a ingestão de carne de animais mortos naturalmente, e não adrede mortos para servir de alimento. E, pelo fato de a morte poder ser causada por doença ou envenenamento, deve-se evitar ingerir esta carne, para não haver perigo de contaminação ou morte. Quanto à ingestão de carne de porco, fica terminantemente proibida, ao que parece, pelas idênticas razões apontadas hoje, na Medicina, entre as quais, a transmissão da Tênia Solium e da Triquina, grandemente nocivas à saúde humana.

[²] Por transgressor, entenda-se o que transgride suas necessidades naturais de alimentação, comendo a mais; por agressor o que arrebata a porção encontrada por outro, em situações específicas (quando no deserto, por exemplo).


Ele só vos vedou a carniça, ¹ o sangue, a carne de suíno e tudo o que for sacrificado sob invocação de outro nome que não seja de Deus. ² Porém, quem, sem intenção nem abuso, for impelido a isso, não será recriminado, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

 (Prof. Samir El Hayek, 1974)

[¹] Mai-itat: carniça; animal que morre por si. A palavra no original árabe tem um significado um pouco mais amplo, apresentado em Fiquih (jurisprudência), como qualquer coisa que morre por si mesma, não expressamente morta com o intuito de servir de alimento, e sem o Takbir (Em nome de Deus, Deus é o Maior) ser devidamente pronunciado antes de ser sacrificada. Contudo, há exceções: o pescado é lícito (halal), embora não haja sido especialmente envolvido com o halal, nem com o Takbir. Porém, mesmo o pescado, se deteriorado, deve obviamente ser evitado.

² Quanto à proibição dos alimentos, comparar com os versículos 4-5 da 5ª Surata e com os versículos 121, 138-146 da 6ª Surata, etc. os peritos em Fiquih ordenaram os detalhes com grande elaboração. Nosso propósito é apresentarmos princípios gerais, não detalhes técnicos. A carniça, ou carne putrefata, e o sangue, como gêneros alimentícios, devem causar repulsa a qualquer pessoa de gosto refinado. Assim deveria ser também com a carne de suíno, já que este vive de rebotalhos. Mesmo que os suínos fossem artificialmente alimentados com comida saudável, as abjeções permaneceriam, porque são animais imundos sob outros aspectos, sendo que a carne de animais imundos afeta a quem a consome; a carne de suíno possui mais gordura do que o necessário para a fortificação dos músculos; é mais propensa a causar enfermidades do que outra espécie de carne; apresenta, por exemplo, a triquinose, caracterizada por vermes da finura de um fio de cabelo, nos tecidos musculares. Quanto aos alimentos dedicados aos ídolos ou a falsos deuses, é obviamente inadmissível que os monoteístas se dêem a eles.


Ele vos proíbe somente o animal morto, o sangue e a carne de pojco, e tudo que tenha sido sacrificado sob a invocação de um nome que não o Seu. Aquele, contudo, que for forçado pela necessidade sem desejar transgredir ou se rebelar, não pecará. Deus é clemente e misericordioso.

(Mansour Challita, 1970)


Ele só tornou ilegal para vós aquilo que morre por si próprio, e sangue e carne de suíno, mas tudo aquilo sobre que o nome de qualquer outro que não Allah tenha sido invocado. Mas o que for impelido pela necessidade, não sendo nem desobediente nem excedendo o limite, isso para ele não será pecado. Por certo, Allah é Generoso, Misericordioso.

 (Iqbal Najam, 1988)


اِنَّمَا حَرَّمَ عَلَيْكُمُ الْمَيْتَةَ وَالدَّمَ وَلَحْمَ الْخِنْز۪يرِ وَمَٓا اُهِلَّ بِه۪ لِغَيْرِ اللّٰهِۚ فَمَنِ اضْطُرَّ غَيْرَ بَاغٍ وَلَا عَادٍ فَلَٓا اِثْمَ عَلَيْهِۜ اِنَّ اللّٰهَ غَفُورٌ رَح۪يمٌ

Al Baqarah 2/173

Alcorão 2-173

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