Naskh, em seu contexto literal, significa o ato de “trazer duas coisas lado a lado e transferir o texto de um para a outro”. Naskh também é “anular algo para ser substituído por outro.” Este é o caso onde um julgamento em um verso é aliviado por outro verso. Este primeiro verso é chamado de mansukh, e o posterior é o nasikh[¹].

Assim, o ato de uma pessoa transferir um texto que escreveu para outro lugar é naskh. Tal pessoa remove parte desse texto, modifica outra e copia as palavras exatas da maior parte do texto. A segunda versão anula e substitui a primeira. O último livro de Deus é revelado de modo a substituir os precedentes. Deus não transferiu parte dos julgamentos dos livros anteriores para o Seu último Livro, substituiu parte deles por melhores ordens e literalmente transferiu a maioria deles como eles são. Deus, o Glorioso diz:

شَرَعَ لَكُمْ مِنَ الدِّينِ مَا وَصَّى بِهِ نُوحًا وَالَّذِي أَوْحَيْنَا إِلَيْكَ وَمَا وَصَّيْنَا بِهِ إِبْرَاهِيمَ وَمُوسَى وَعِيسَى أَنْ أَقِيمُوا الدِّينَ وَلَا تَتَفَرَّقُوا فِيهِ

Prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abraão, a Moisés e a Jesus, (dizendo-lhes):  Observai a religião e não discrepeis acerca disso.

Ach Chura 42:13

Há novos versos no Alcorão. Esses aliviaram os julgamentos que existiam nas escrituras anteriores. Deus, o Glorioso diz:

الَّذِينَ يَتَّبِعُونَ الرَّسُولَ النَّبِيَّ الأُمِّيَّ الَّذِي يَجِدُونَهُ مَكْتُوبًا عِندَهُمْ فِي التَّوْرَاةِ وَالإِنْجِيلِ يَأْمُرُهُم بِالْمَعْرُوفِ وَيَنْهَاهُمْ عَنِ الْمُنكَرِ وَيُحِلُّ لَهُمُ الطَّيِّبَاتِ وَيُحَرِّمُ عَلَيْهِمُ الْخَبَآئِثَ وَيَضَعُ عَنْهُمْ إِصْرَهُمْ وَالأَغْلاَلَ الَّتِي كَانَتْ عَلَيْهِمْ فَالَّذِينَ آمَنُواْ بِهِ وَعَزَّرُوهُ وَنَصَرُوهُ وَاتَّبَعُواْ النُّورَ الَّذِيَ أُنزِلَ مَعَهُ أُوْلَـئِكَ هُمُ الْمُفْلِحُونَ

São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e seu Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e lhes proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que os deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados.

Al A’raf 7:157

Existem versos que, embora estivessem presentes nos livros anteriores, foram escondidos das pessoas e desmembrados ao longo do tempo. Alguns deles foram citados no Alcorão e outros não. Esta é a razão pela qual alguns versículos não estão presentes no Antigo e no Novo Testamento, embora eles existam no Alcorão. Deus, o Glorioso diz:

يَا أَهْلَ الْكِتَابِ قَدْ جَاءَكُمْ رَسُولُنَا يُبَيِّنُ لَكُمْ كَثِيرًا مِمَّا كُنْتُمْ تُخْفُونَ مِنَ الْكِتَابِ وَيَعْفُو عَنْ كَثِيرٍ قَدْ جَاءَكُمْ مِنَ اللَّهِ نُورٌ وَكِتَابٌ مُبِينٌ

Ó adeptos do Livro! Veio a vós Nosso mensageiro que revela muito do que tínheis escondido de vosso livro e que deixa muito do que intactos. Veio a vós de Deus uma luz e um livro evidente.

Al Ma’ida 5: 15

Há adições feitas por pessoas às escrituras anteriores. Nós entendemos isso do seguinte versículo:

فَوَيْلٌ لِلَّذِينَ يَكْتُبُونَ الْكِتَابَ بِأَيْدِيهِمْ ثُمَّ يَقُولُونَ هَذَا مِنْ عِنْدِ اللَّهِ لِيَشْتَرُوا بِهِ ثَمَنًا قَلِيلًا فَوَيْلٌ لَهُمْ مِمَّا كَتَبَتْ أَيْدِيهِمْ وَوَيْلٌ لَهُمْ مِمَّا يَكْسِبُونَ

Ai dos que escrevem o Livro, com as suas mãos; em seguida, dizem: “Isso é de Deus” para o venderem por um proveito temporário! Ai deles pelo que escreveram com as suas mãos e ai deles pelo que lograram!

Al Baqarah 2/79

Tais adições não são difíceis de distinguir, uma vez que distorcem a integridade. O Povo das Escrituras (Ahl al-Kitab) deve obedecer não a tais acréscimos, mas ao que Deus revelou a eles. Deus, o Glorioso diz:

إِنَّا أَنْزَلْنَا التَّوْرَاةَ فِيهَا هُدًى وَنُورٌ يَحْكُمُ بِهَا النَّبِيُّونَ الَّذِينَ أَسْلَمُوا لِلَّذِينَ هَادُوا وَالرَّبَّانِيُّونَ وَالْأَحْبَارُ بِمَا اسْتُحْفِظُوا مِنْ كِتَابِ اللَّهِ وَكَانُوا عَلَيْهِ شُهَدَاءَ فَلَا تَخْشَوُا النَّاسَ وَاخْشَوْنِ وَلَا تَشْتَرُوا بِآَيَاتِي ثَمَنًا قَلِيلًا وَمَنْ لَمْ يَحْكُمْ بِمَا أَنْزَلَ اللَّهُ فَأُولَئِكَ هُمُ الْكَافِرُونَ

Fizemos descer a Tora, em que há orientação e luz. Os profetas que se submeteram a Deus, julgavam os judeus com ela. Os que se dedicam ao caminho de seu Senhor e os estudiosos religiosos, também julgam com ela, por seu dever de custodiar o livro de Deus e testemunhar que é de dEle. Não temais os homens; temei a Mim! Não vendais Meus sinais por um proveito transitório. Quem não julga conforme o que Allah fez descer, eis, são eles os descrentes.

Al Maidah 5/44


وَلْيَحْكُمْ اَهْلُ الْاِنْج۪يلِ بِمَٓا اَنْزَلَ اللّٰهُ ف۪يهِۜ وَمَنْ لَمْ يَحْكُمْ بِمَٓا اَنْزَلَ اللّٰهُ فَاُو۬لٰٓئِكَ هُمُ الْفَاسِقُونَ

Que os adeptos do Evangelho julguem conforme o que Deus nele fez descer. Quem não julga conforme o que Deus fez descer, são eles os depravados.

Al Maidah 5/47

Deve-se referir ao Alcorão para detectar as adições feitas aos livros anteriores.  Porque, é a tarefa do Alcorão proteger as verdades desses livros.  Deus, o Glorioso diz:

وَأَنْزَلْنَا إِلَيْكَ الْكِتَابَ بِالْحَقِّ مُصَدِّقًا لِمَا بَيْنَ يَدَيْهِ مِنَ الْكِتَابِ وَمُهَيْمِنًا عَلَيْهِ فَاحْكُمْ بَيْنَهُمْ بِمَا أَنْزَلَ اللَّهُ وَلَا تَتَّبِعْ أَهْوَاءَهُمْ عَمَّا جَاءَكَ مِنَ الْحَقِّ لِكُلٍّ جَعَلْنَا مِنْكُمْ شِرْعَةً وَمِنْهَاجًا وَلَوْ شَاءَ اللَّهُ لَجَعَلَكُمْ أُمَّةً وَاحِدَةً وَلَكِنْ لِيَبْلُوَكُمْ فِي مَا آَتَاكُمْ فَاسْتَبِقُوا الْخَيْرَاتِ إِلَى اللَّهِ مَرْجِعُكُمْ جَمِيعًا فَيُنَبِّئُكُمْ بِمَا كُنْتُمْ فِيهِ تَخْتَلِفُونَ

(Ó Muhammad!) Fizemos descer a ti o livro que contém a verdade, como corroborante e preservador dos livros anteriores. Então, julga entre eles conforme o que Deus fez descer. Não sigas seus desejos desviando-te da verdade que te chegou. Para cada um de vós fizemos um decreto discreto e um amplo caminho. Se Deus tivesse julgado necessário, teria feito de vós uma única comunidade. Isso é para pôr-vos à prova com o que vos deu. Emulai-vos nas boas ações. A Deus todos vós retornareis. Ele vos informará daquilo que discrepáveis.

Al Maidah 5/48

Estes versos decrescem que o Alcorão é o mais recente e o último das escrituras enviadas por Deus, substituindo as anteriores.  Agora é para ser obedecido.  Deus, o Glorioso diz:

الَّذِينَ يَتَّبِعُونَ الرَّسُولَ النَّبِيَّ الْأُمِّيَّ الَّذِي يَجِدُونَهُ مَكْتُوبًا عِنْدَهُمْ فِي التَّوْرَاةِ وَالْإِنْجِيلِ يَأْمُرُهُمْ بِالْمَعْرُوفِ وَيَنْهَاهُمْ عَنِ الْمُنْكَرِ وَيُحِلُّ لَهُمُ الطَّيِّبَاتِ وَيُحَرِّمُ عَلَيْهِمُ الْخَبَائِثَ وَيَضَعُ عَنْهُمْ إِصْرَهُمْ وَالْأَغْلَالَ الَّتِي كَانَتْ عَلَيْهِمْ فَالَّذِينَ آَمَنُوا بِهِ وَعَزَّرُوهُ وَنَصَرُوهُ وَاتَّبَعُوا النُّورَ الَّذِي أُنْزِلَ مَعَهُ أُولَئِكَ هُمُ الْمُفْلِحُونَ

São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e seu Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e lhes proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que os deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados.

Al A’raf 7/157

Houve debates sem sentido sobre se a sunna, atos e palavras do Profeta (saw), podem substituir os versos.  A sunna é subordinada ao Alcorão.  O subordinado não pode ser julgado separadamente do princípio[³]. Deus, o Glorioso diz:

اِتَّبِعْ مَٓا اُو۫حِيَ اِلَيْكَ مِنْ رَبِّكَۚ لَٓا اِلٰهَ اِلَّا هُوَۚ وَاَعْرِضْ عَنِ الْمُشْرِك۪ين

“Segue, pois, o que te foi inspirado por teu Senhor; não há divindade além d’Ele; e distancia-te dos idólatras.

Al An’am 6/106

وَإِذَا تُتْلَى عَلَيْهِمْ آَيَاتُنَا بَيِّنَاتٍ قَالَ الَّذِينَ لَا يَرْجُونَ لِقَاءَنَا ائْتِ بِقُرْآَنٍ غَيْرِ هَذَا أَوْ بَدِّلْهُ قُلْ مَا يَكُونُ لِي أَنْ أُبَدِّلَهُ مِنْ تِلْقَاءِ نَفْسِي إِنْ أَتَّبِعُ إِلَّا مَا يُوحَى إِلَيَّ إِنِّي أَخَافُ إِنْ عَصَيْتُ رَبِّي عَذَابَ يَوْمٍ عَظِيمٍ

Mas, quando lhes são recitados os Nossos versículos esclarecedores, aqueles que não esperam o comparecimento perante Nós, dizem: Apresenta-nos outro Alcorão que não seja este, ou, por outra, modificado! Dize: Não me incumbe modificá-lo por minha própria vontade; atenho-me somente ao que me tem sido revelado, porque temo o castigo do Dia Terrível, se desobedeço ao meu Senhor.

Yunus 10/15

Isso sem dizer que, quando um versículo é anulado, as palavras e práticas do nosso Profeta também devem ser anulados.

Alega-se que o significado de um verso sobrevive, depois que seu texto é anulado.  Pois um verso só pode ser anulado por outro verso, o último verso anula também o significado do anterior, além de seu texto.

O versículo que descreve o processo de anulação é o seguinte:

مَا نَنْسَخْ مِنْ آَيَةٍ أَوْ نُنْسِهَا نَأْتِ بِخَيْرٍ مِنْهَا أَوْ مِثْلِهَا أَلَمْ تَعْلَمْ أَنَّ اللَّهَ عَلَى كُلِّ شَيْءٍ قَدِيرٌ

Se ab-rogamos ou fazemos esquecer um versículo, substituímos um melhor ou um equivalente. Não sabes que Deus estabelece uma medida para todas as coisas?

Al Baqarah 2/106

Outro verso é o seguinte:

وَإِذَا بَدَّلْنَا آَيَةً مَكَانَ آَيَةٍ وَاللَّهُ أَعْلَمُ بِمَا يُنَزِّلُ قَالُوا إِنَّمَا أَنْتَ مُفْتَرٍ بَلْ أَكْثَرُهُمْ لَا يَعْلَمُونَ

E quando substituímos uma revelação por outra – e Allah bem sabe o que revela – dizem-te: Só tu és dele o forjador! Porém, a maioria deles é ignorante.

An Nahl 16/101

Esses versos prescrevem duas condições para a revogação:

1- Deve ocorrer entre os versos de Deus.

2- O verso de anulação deve ter um julgamento equivalente ou melhor (mais fácil) do que o contido no verso anterior.

Consequentemente, enquanto a maioria dos versículos do Alcorão envolve o equivalente dos julgamentos em versos de escrituras anteriores, alguns têm julgamentos aliviadores.  A punição por adultério é um exemplo de alívio.

A punição por adultério na Torá e no Evangelho é a pena de morte.  Nosso Profeta também havia julgado entre os judeus de acordo com este julgamento antes que os versos relevantes fossem enviados no Alcorão. O Alcorão primeiro transformou essa punição em prisão perpétua e depois em 100 chibatadas.  Agora vamos ver o curso da anulação sobre esta questão na Torá, no Evangelho e no Alcorão.

A- PUNIÇÃO POR ADULTÉRIO NA TORÁ

A seguir, é citado a capítulo 20 de Levítico:

Se um homem cometer adultério com a mulher de outro, ele e a mulher deverão ser mortos. Se um homem tiver relações com uma das mulheres do pai, ele estará desonrando o pai, e ele e a mulher deverão ser mortos; eles serão responsáveis pela sua própria morte. Se um homem tiver relações com a nora, os dois deverão ser mortos por causa desse ato imoral; eles serão responsáveis pela sua própria morte. Se um homem tiver relações com outro homem, os dois deverão ser mortos por causa desse ato nojento; eles serão responsáveis pela sua própria morte. Se um homem casar com uma mulher e também com a mãe dela, isso é uma imoralidade grave, e os três deverão ser queimados vivos; essa imoralidade precisa ser eliminada do meio do povo. Se um homem tiver relações com um animal, os dois deverão ser mortos. Se uma mulher tiver relações com um animal, os dois deverão ser mortos; eles serão responsáveis pela sua própria morte.
Se um homem casar com a irmã, seja por parte só de pai ou por parte de pai e mãe, os dois deverão ser expulsos publicamente do meio do povo. É uma vergonha um homem casar com a irmã; ele merece castigo. Se um homem tiver relações com uma mulher durante a menstruação, os dois deverão ser expulsos do meio do povo. Os dois ficaram impuros, pois quebraram as leis da pureza a respeito da menstruação. Se um homem tiver relações com a tia, os dois merecem castigo, pois são parentes. E o homem que tiver relações com a tia envergonha o tio. O homem e a tia merecem castigo; eles nunca terão filhos. Se um homem tiver relações com a cunhada, ele envergonha o irmão. É uma imoralidade, e os dois morrerão sem terem filhos.

Levítico 20/10-21

A seguir, é citado do capítulo 22 de Deuteronômio:

Se um homem casado for encontrado na cama com a esposa de outro, os dois serão mortos, o homem e a mulher. Assim vocês tirarão o mal do meio do povo de Israel.
Se numa cidade for encontrado um homem tendo relações com uma moça que tenha casamento contratado com outro homem, levem os dois para fora da cidade e ali os matem a pedradas. A moça deve morrer porque não gritou pedindo socorro, e o homem, porque desonrou uma moça prometida a outro. Assim vocês tirarão o mal do meio do povo de Israel. Mas, se foi no campo que o homem forçou a moça, então só ele será morto. Não façam nada com a moça, pois não merece a morte. O caso dela é como o de um homem que é morto por outro: a vítima não tem culpa do crime.

Deuteronômio 22/22-26

A- PUNIÇÃO POR ADULTÉRIO NA EVANGELHO

O Capítulo João de Evangelho cita o seguinte evento:

Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. Eles disseram:
— Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério. De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?
Eles fizeram essa pergunta para conseguir uma prova contra Jesus, pois queriam acusá-lo. Mas ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo. Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, Jesus endireitou o corpo e disse a eles:
— Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!
Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão. Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé. Então Jesus endireitou o corpo e disse:
— Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para condenar você?
— Ninguém, senhor! — respondeu ela.
Jesus disse:
— Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!

João 8/3-11

Jesus (a paz esteja com ele) não anulou o castigo de apedrejamento com estas palavras, mas apenas absteve-se de impor um castigo tão pesado, confiando apenas no testemunho de pessoas pecadoras.  O Evangelho de Mateus inclui os seguintes versos:

— Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei — nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu.

Mateus 5/17-19

C- PUNIÇÃO DE APEDREJAMENTO NA PRÁTICA DO PROFETA MUHAMMAD (SAW)

Na frente de Muhammad alaihissalam um judeu chicotado e rosto enegrecido passou.  Ele os chamou (os judeus) e disse: “Este é o castigo que vocês encontram no seu Livro?” Eles disseram: “Sim” Ele chamou um dos estudiosos entre eles e disse: “Eu te pergunto em nome de Allah que enviou a Torá a Moisés se essa é a punição prescrita para o adultério que você encontra em seu livro”. Ele disse:” Se você não tivesse me perguntado em nome de Allah, eu não teria dado a você essa informação. Mas isso (crime) tornou-se bastante comum entre nossa classe aristocrática. Então, quando capturamos alguma pessoa rica nós o livramos, mas quando capturamos uma pessoa indefesa, impusemos a punição prescrita sobre ele”. Nós então dissemos: “Concordemos (sobre um castigo) que podemos infligir aos ricos e aos pobres”. Então, decidimos enegrecer o rosto e açoitar como um castigo substituto para o apedrejamento. Então Profeta de Allah (que a paz esteja com ele) disse:

“Ó Allah, eu sou o primeiro a reviver o Seu comando quando eles o fizeram morto.”

Ele então comandou e ele (o infrator) foi apedrejado até a morte. Allah enviou (este verso):

يُحَرِّفُونَ الْكَلِمَ مِنْ بَعْدِ مَوَاضِعِهِ يَقُولُونَ إِنْ أُوتِيتُمْ هَذَا فَخُذُوهُ وَإِنْ لَمْ تُؤْتَوْهُ فَاحْذَرُوا

“…Entre os judeus… Deslocam os significados originais das palavras dos seus lugares, dizem: Se vos é dado esse decreto, aceitai-o, se vos não é dado acautelai-vos.

Al Maidah 5/41

Porque foi dito (pelos judeus): Vá para Muhammad; se ele mandar você enegrecer o rosto e ser chicotado (como punição por adultério), então aceite-o, mas ele dá o veredicto de apedrejamento, depois evite-o. Então Allah enviou esses versos para todos quem oculta (kafir):

وَمَنْ لَمْ يَحْكُمْ بِمَا أَنْزَلَ اللَّهُ فَأُولَئِكَ هُمُ الْكَافِرُونَ

Quem não julga conforme o que Allah fez descer, eis, são eles os descrentes.

Al Maidah 5/44

وَمَنْ لَمْ يَحْكُمْ بِمَا أَنْزَلَ اللَّهُ فَأُولَئِكَ هُمُ الظَّالِمُونَ

Quem não julga conforme o que Deus fez descer, são eles que injustiçam.

Al Maidah 5/45

وَمَنْ لَمْ يَحْكُمْ بِمَا أَنْزَلَ اللَّهُ فَأُولَئِكَ هُمُ الْفَاسِقُونَ

Quem não julga conforme o que Deus fez descer, são eles os depravados[⁴].

Al Maidah 5/47

Um homem e uma mulher dos judeus cometeram adultério. Alguns deles disseram aos outros: “Vamos a esse Profeta. Pois ele foi enviado com uma lei fácil. Se ele der um julgamento mais leve que o apedrejamento, nós o aceitaremos e discutiremos sobre isso com Allah, dizendo: “É um julgamento de um dos seus profetas.” Então, eles vieram ao Profeta (saw) que estava sentado na mesquita entre seus companheiros. Eles disseram: “Abul Qasim[], o que você acha de um homem e uma mulher que cometeram adultério? Ele não falou uma palavra para eles até que ele foi para a escola deles (Bayt al-midras, o lugar onde eles ensinaram Torá)[]. Ele ficou na porta e disse: “Eu te conjuro por Allah Quem revelou a Torá a Moisés, o que (castigo) você encontra na Torá para uma pessoa que comete adultério, se ele é casado?” Eles disseram: Ele deve ser enegrecido de cinza, levado em um burro entre o povo e açoitado. Um jovem entre eles ficou em silêncio. Quando o Profeta (saws) enfaticamente o aconjurou, ele disse: “Por Allah, desde que você nos conjurou (nós o informamos) encontramos apedrejamento na Torá (é a punição por adultério). O Profeta (saws) disse: “Então, quando você diminuiu a severidade do comando de Allah?” Eles disseram: Um parente de um dos nossos reis havia cometido adultério, mas seu apedrejamento foi suspenso.  Depois um homem de uma família de pessoas comuns cometeu adultério. Ele deveria ter sido apedrejado. Mas o seu povo interveio e disse: “Nosso homem não deve ser apedrejado até que você traga seu homem e o apedreça.”  Então, eles fizeram um acordo sobre essa punição entre eles. O Profeta (saws) disse: “Então eu decido de acordo com o que a Torá diz. Ele então ordenou a respeito deles e eles foram apedrejados até a morte.

Az-zukhri disse:  Fomos informados de que este versículo foi revelado sobre eles:

إِنَّا أَنْزَلْنَا التَّوْرَاةَ فِيهَا هُدًى وَنُورٌ يَحْكُمُ بِهَا النَّبِيُّونَ

Fizemos descer a Tora, em que há orientação e luz. Os profetas que se submeteram a Deus, julgavam os judeus com ela.

Al Maidah 5/44

O Profeta Muhammad (saws) está entre eles. [⁷]

Um dia um judeu e uma mulher judia foram levados ao Profeta (saws). Eles cometeram o crime juntos.  Então Profeta de Allah (que a paz esteja com ele) disse: O que você encontra em seu livro sobre esse assunto? “Nossos estudiosos estabeleceram a punição do enegrecimento com cinzas e colocar na costa no animal”.

Abdullah Bin Salam disse: “Oh, o Mensageiro de Allah, deixe-os trazer a Torá”. A Torá foi trazida.  Ele colocou uma das mãos no verso sobre apedrejamento.  Então ele leu os versos anteriores e posteriores.  Abdullah Bin Salam disse: “Levante sua mão!” O verso sobre o apedrejamento foi visto imediatamente sob sua mão.  O Mensageiro de Allah ordenou, e ambos foram apedrejados até a morte[].

A decisão do Mensageiro de Allah pelos judeus poderia ter sido apenas a decisão de Allah.  Deus, o Glorioso diz:

وَأَنْزَلْنَا إِلَيْكَ الْكِتَابَ بِالْحَقِّ مُصَدِّقًا لِمَا بَيْنَ يَدَيْهِ مِنَ الْكِتَابِ وَمُهَيْمِنًا عَلَيْهِ فَاحْكُمْ بَيْنَهُمْ بِمَا أَنْزَلَ اللَّهُ وَلَا تَتَّبِعْ أَهْوَاءَهُمْ

(Ó Muhammad!) Fizemos descer a ti o livro que contém a verdade, como corroborante e preservador dos livros anteriores. Então, julga entre eles conforme o que Deus fez descer. Não sigas seus desejos desviando-te da verdade que te chegou.

Al Maidah 5/48

É narrado que o seguinte verso também se relaciona com este caso de adultério[⁹]:

وَكَيْفَ يُحَكِّمُونَكَ وَعِنْدَهُمُ التَّوْرَاةُ فِيهَا حُكْمُ اللَّهِ ثُمَّ يَتَوَلَّوْنَ مِنْ بَعْدِ ذَلِكَ وَمَا أُولَئِكَ بِالْمُؤْمِنِينَ

Como eles te tomam por árbitro, enquanto têm a Tora e o julgamento de Deus nela? Te tomam por árbitro, e depois, viram as costas. Esses não são os que creem.

Al Maidah 5/43

Este verso assegurou que o julgamento na Torá para o adultério é o julgamento de Allah.  A razão pela qual os judeus vieram ao nosso Profeta (saws) foi para evitar essa punição.  Por essa razão, eles disseram para aqueles que eles enviaram: “…Se vos julgarem segundo isto, aceitai-o; se não vos julgarem quanto a isso, precavei-vos!” (Al Maidah 5:41) [¹⁰]

Desde que o julgamento na Torá é o julgamento de Allah, o Profeta não poderia ter prescrito qualquer outra penalidade.  Por um tempo, ele seguiu a Torá para os muçulmanos que cometeram adultério.  O seguinte hadice demonstra isso:

Abu Khurayra e Zaid Bin Khalid disseram: “Estávamos com o Profeta (saws). Um homem se levantou e disse: “Eu recomendo que você julgue apenas com o livro de Allah entre nós.” Seu entrevistado foi mais indulgente, ele disse: “Julgue entre nós com o Livro de Allah e me escute.” O Profeta (saws) disse: “Fale”, ele seguiu:

“Meu filho era trabalhador dele. Ele cometeu adultério com esposa dele.  Eu dei como dinheiro de resgate 100 ovelhas e um servo cativo.  Eu perguntei para aqueles que sabem, eles disseram que meu filho deveria apanhar 100 chicotes e um ano no exílio, e a mulher deve ser apedrejada até a morte.”

O Profeta (saws) disse: “Juro por quem sustenta a minha vida, julgarei com o Livro de Allah entre vós. 100 ovelhas e os cativos devem ser devolvidos.  Seu filho deve ser punido com 100 chicotes e um ano de exílio.  Unays, vá a esposa deste homem, apedrejem até a morte se ela admitir o crime.  Ele foi e apedrejou até a morte quando ela admitiu o crime[¹¹].

É claro que o “Livro de Allah” mencionado aqui é Torá.  Porque nenhum versículo ainda tinha revelado no Alcorão sobre o adultério.  Nenhum dos versos revelados continha a punição do apedrejamento.

A punição do chicoteamento não está presente na cópia da Torá que temos em nossas mãos.  Essa punição pode estar na cópia dos judeus em Madina.

D- SUBSTITUIÇÃO DA PUNIÇÃO DE APEDREJAMENTO

Com os versos em Surata Nissá, o castigo de apedrejamento até a morte, rajm, foi convertido em prisão domiciliar para mulheres, e também foi decidido que o homem e a mulher devem ser oprimidos até que se corrijam.  Deus, o Glorioso diz:

وَاللَّاتِي يَأْتِينَ الْفَاحِشَةَ مِنْ نِسَائِكُمْ فَاسْتَشْهِدُوا عَلَيْهِنَّ أَرْبَعَةً مِنْكُمْ فَإِنْ شَهِدُوا فَأَمْسِكُوهُنَّ فِي الْبُيُوتِ حَتَّى يَتَوَفَّاهُنَّ الْمَوْتُ أَوْ يَجْعَلَ اللَّهُ لَهُنَّ سَبِيلًا. وَاللَّذَانِ يَأْتِيَانِهَا مِنْكُمْ فَآَذُوهُمَا فَإِنْ تَابَا وَأَصْلَحَا فَأَعْرِضُوا عَنْهُمَا إِنَّ اللَّهَ كَانَ تَوَّابًا رَحِيمًا.

Trazei quatro testemunhas de vós contra aquelas de vossas mulheres que cometem obscenidade, se o testemunharem, retende-as em suas casas, até que morram ou que Deus abra um caminho para elas. Se corportai àqueles dois (o homem e a mulher), que cometem adultério, dentre vós, de tal forma que os machuque. Se voltarem (se arrependam) dos seus pecados e se corrijam, deixai-os sós. Deus aceita os arrependimentos e dispensa graça.

An Nissa 4/15-16

A expressão “…até que Deus abra um caminho para elas…” demonstra que a punição será aliviada ainda mais.  O alívio ocorreu com o segundo verso da Surata an Nur.  Deus, o Glorioso diz:

الزَّانِيَةُ وَالزَّانِي فَاجْلِدُوا كُلَّ وَاحِدٍ مِنْهُمَا مِئَةَ جَلْدَةٍ وَلَا تَأْخُذْكُمْ بِهِمَا رَأْفَةٌ فِي دِينِ اللَّهِ إِنْ كُنْتُمْ تُؤْمِنُونَ بِاللَّهِ وَالْيَوْمِ الْآَخِرِ وَلْيَشْهَدْ عَذَابَهُمَا طَائِفَةٌ مِنَ الْمُؤْمِنِينَ.

Quanto à adúltera e ao adúltero, castigai-os com cem chicotadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprirdes a lei de Allah, se realmente credes em Allah e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos crentes testemunhe o castigo.

An Nur 24/2

Este verso julgado por 100 chicotes como a punição do adultério, sem qualquer discriminação entre homem e mulher, ou solteiro e casado.  Esta punição é mais leve do que ser detida em casa até a morte, ou oprimida até que se melhore, como mencionado em Surata Nissá.

O Alcorão substituiu os julgamentos na Torá a respeito do adultério, que nosso Profeta (saws) havia aplicado por um período de tempo.  Alguns tinham a opinião de que, considerando as práticas anteriores de nosso Profeta (saws), Surata Nur regulava a punição a ser imposta ao solteiro e o Alcorão não continha juízo sobre os casados, que mereciam a punição do apedrejamento até a morte.  No entanto, fica claro a partir dos três versos que a punição a ser imposta aos casados também deve ser de 100 chicotes.

1- Calúnia de Adultério Para Esposa

وَالَّذِينَ يَرْمُونَ أَزْوَاجَهُمْ وَلَمْ يَكُنْ لَهُمْ شُهَدَاءُ إِلَّا أَنْفُسُهُمْ فَشَهَادَةُ أَحَدِهِمْ أَرْبَعُ شَهَادَاتٍ بِاللَّهِ إِنَّهُ لَمِنَ الصَّادِقِينَ. وَالْخَامِسَةُ أَنَّ لَعْنَةَ اللَّهِ عَلَيْهِ إِنْ كَانَ مِنَ الْكَاذِبِينَ. وَيَدْرَأُ عَنْهَا الْعَذَابَ أَنْ تَشْهَدَ أَرْبَعَ شَهَادَاتٍ بِاللَّهِ إِنَّهُ لَمِنَ الْكَاذِبِينَ. وَالْخَامِسَةَ أَنَّ غَضَبَ اللَّهِ عَلَيْهَا إِنْ كَانَ مِنَ الصَّادِقِينَ.

Aqueles que difamarem as suas esposas, sem mais evidência que a deles próprios, que um deles jure quatro vezes por Allah que ele está dizendo a verdade. Na quinta vez pedirá que a maldição de Allah caia sobre ele, se for perjuro. E ela se libertará do castigo, jurando quatro vezes por Allah que ele é perjuro. E na quinta vez pedirá a incidência da abominação de Allah sobre si mesma, se ele estiver dizendo a verdade.

An Nur 24/6-9

A expressão “o castigo = al azab” no versículo 8 mostra a punição de 100 chicotes. O afixo ‘al’ é para uma referência específica, concedendo a palavra à qual está afixado o significado especificado anteriormente.  O tormento especificado no Alcorão a respeito do adultério é 100 chicotes.  Não é possível que essa palavra se refira a qualquer outra coisa no contexto da gramática árabe.  É certo que a mulher acima mencionada é casada.

2- O Verso Sobre Esposas do Profeta

يَا نِسَاءَ النَّبِيِّ مَنْ يَأْتِ مِنْكُنَّ بِفَاحِشَةٍ مُبَيِّنَةٍ يُضَاعَفْ لَهَا الْعَذَابُ ضِعْفَيْنِ وَكَانَ ذَلِكَ عَلَى اللَّهِ يَسِيرًا.

Ó esposas do Profeta, se alguma de vós for culpada de uma má conduta evidente, ser-lhe-á duplicado o castigo, porque isso é fácil a Allah.

Al AAhzab 33/30

É aparente que as esposas do Profeta são casadas.  A punição a ser imposta a eles deve ser apropriada para duplicar.  A pena de morte não pode ser duplicada, mas 100 chicotadas podem ser.

A palavra “al azab” citada nestes versos significa apenas os 100 chicotes em Surata Nur. porque o afixo “al” aqui é para referência específica.

3- Adultério das Criadas Casadas (Jariyah)

فَإِنْ أَتَيْنَ بِفَاحِشَةٍ فَعَلَيْهِنَّ نِصْفُ مَا عَلَى الْمُحْصَنَاتِ مِنَ الْعَذَابِ.

“…vossas cativas crentes…., se cometem adultério o castigo a ser dado a elas é a metade do castigo das casadas livres.

An Nissa 4/25

Se é o apedrejamento que deve ser imposto às mulheres livres casadas, o termo “metade” não faz sentido em relação ao apedrejamento até a morte.  Porque alguns morrem por uma pedra, alguns por numerosas pedras.  São apenas os 100 chicotes que poderiam ser descontados pela metade.

Em conclusão, a única punição para o crime de adultério é de 100 chicotes.  Depois de todas essas evidências claras, o oposto não poderia ser reivindicado.  Além disso, o Profeta de Allah disse: “Abaixe as punições na medida em que é justificável por dúvidas.”[¹²]. Depois de provas tão claras, não pode ser argumentado de outra forma.

Assim, o Alcorão substitui tanto a Torá como o Evangelho.

4- Práticas do Profeta (saws) Que Demonstra o Apedrejamento Foi Substituído

Ash-Shaibani disse: “Perguntei para Abdullah Bin Abu Awfa: “O Mensageiro de Allah (saws) aplicou a punição de apedrejamento?” Ele disse: “Sim”, “Isso foi antes ou depois da (revelação de) Surata Nur? Ele disse, “eu não sei”. [¹³]

No entanto, a seguinte narração indica que a prática foi antes da revelação de Surata Nur:

Um homem confessou que cometeu adultério.  O Mensageiro de Allah pediu uma vara.  Uma vara quebrada foi trazida.  Ele disse: “Traga uma melhor” Uma vara quebrada foi trazida que os nós dela não foram serrados.  Ele disse: “Traga uma mais leve” Uma vara lisa, suave foi trazida.  O Mensageiro de Deus ordenou, o homem foi batido.  Então ele disse:

“Ó povo! Agora é hora de evitar os limites colocados por Allah.  Quem faz alguma coisa de tais ignominias, deixe-o cobrir-se com o véu de Allah [¹⁴]. Pois aplicamos o Livro de Allah àqueles que nos mostram seus rostos”[¹].

Aqui, castigar o criminoso com 100 chicotes, independentemente de ele ser solteiro ou casado, e dizer que o Livro de Allah foi aplicado, elimine todas as dúvidas.  Porque não há outro castigo no Livro de Allah do que 100 chicotes.


[¹] al-Ayn, art نسخ

[²] “qalíl =قليل ” é algo em quantidade pequena ou temporário (Maqayis).

[³] Majalla com Notas Explicativas (Majalla al-Ahkam al-Adliyya), Ed. Ali Himmet Berki, Istambul, 1978, art. 48

[⁴] Muslim, Hudud, 28

[⁵] Significa “o pai de Qasim”. Os árabes chamam uma pessoa com o nome de seu primeiro filho.  Qasim foi o primeiro filho do nosso Profeta (saws).

[] Ahmet Önkal, “Beytülmidras”, DİA, v. VI, p. 95.

[] Abu Dawood, Hudud, 26.

[] Bukhari, Hudud, 24.

[⁹] At-Tabari, Tafseer, V. IV s. 583; al-Jassas, Ahkam al-Quran, V. II, p. 438; al-Qurtubi, al-Jami li Ahkam al-Quran, v. VI, p. 122.

[¹⁰] At-Tabari, Tafseer, V. IV, p. 577.

[¹¹] Bukhari, Hudud, 30.

[¹²] Tirmidhi, Hudud, 2.

[¹³] Bukhari, Hudud, 21.

[¹⁴] Deixe que ele se arrependa.

] Muwatta, Hudud, 2/12.

FONTE: Bayindir, Abdulaziz. Kur’an Işığında Doğru Bildiğimiz Yanlışlar, Publicações da Fundação Suleymaniye, 2. ed, Istambul, 2007, p:  280-294.

Nesih ve Recim Cezası