Al Baqarah 2/221

Não esposeis as mulheres mushrik (as que colocam os outros entre si e Deus) até que crerem e confiarem plenamente em Deus. Uma mulher cativa[¹] que crê e confia plenamente em Deus é melhor que uma mulher mushrik; mesmo que vos impressiona muito. Não façais esposar (vossas filhas) com homens mushrik, até que crerem e confiarem plenamente em Deus. Um homem cativo que crê e confia plenamente em Deus é melhor que um homem mushrik; mesmo que vos impressiona muito[²]. Eles vos convocam ao Fogo, enquanto Deus vos convoca, com Sua permissão, ao paraíso e ao perdão. Deus elucida os Seus versículos para os homens, a de meditarem.

Fundação Suleymaniye
[¹] Uma mulher não livre é chamada de “ama = األمة“, e um homem não livre é chamado “abd = عبد)“ as-Sihah). Em português, ambos são traduzidos como “cativos”. De acordo com o Alcorão, fazer cativos só é possível como resultado da guerra. Embora a palavra “cativo” signifique “prisioneiro” em português, os cativos de guerra não eram mantidos em prisões. Eles eram colocados sob o controle dos chefes de família e viviam como um membro dessa família, ajudando nas tarefas domésticas e em outras tarefas, até que fossem resgatados ou libertados sem retorno (vide Muhammad 47/4). De acordo com At Taubah 9/60, alguém poderia pagar o resgate como meio de zakat. Portanto, logo após uma guerra, não haveria mais cativos.

[²] A diferença de religião não impede o casamento, mas as palavras “melhor” no versículo denotam que não é aconselhável. Os seguintes versos do Alcorão (At Taubah 9/31) e o exemplo do Profeta Muhammad (saws) provam isso. Os profetas Noé e Ló tiveram esposas que eram ignorantes, e o Faraó teve uma esposa que era muçulmana (vide At Tahrim 66/10-11); O Profeta Muhammad (saws) não exigiu que Juwayriyyah se convertesse ao Islã antes de se casar com ela; o casamento de sua filha Zainab continuou, embora ela fosse casada com Abu-l As ibn ar-Rabi, que não se converteu ao Islã até o 6º ano de Hijrah; e o Profeta Muhammad (saws) não divorciou de nenhum casal devido à diferença de religião.

E não esposeis as idólatras, até se tomarem crentes. E, em verdade, uma escrava crente é melhor que uma idólatra, ainda que a admireis. E não façais esposar vossas filhas com os idólatras, até se tomarem crentes. E, em verdade, um escravo crente é melhor que um idólatra, ainda que o admireis. Estes[¹] convocam ao Fogo; enquanto Allah convoca, com Sua permissão, ao Paraíso e ao perdão. E Ele torna evidentes Seus sinais, para os homens, a fim de meditarem.

 (Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Estes: os idólatras.

Não desposareis as idólatras até que elas se convertam, porque uma escrava fiel é preferível a uma idólatra, ainda que esta vos apraza[¹]. Tampouco consintais no matrimônio das vossas filhas com os idólatras, até que estes se tenham convertido, porque um escravo fiel é preferível a um livre idólatra, ainda que este vos apraza. Eles arrastam-vos para o fogo infernal; em troca, Deus, com Sua benevolência, convoca-vos ao Paraíso e ao perdão e elucida os Seus versículos aos humanos, para que Dele recordem.

 (Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O matrimônio é a mais íntima das comunhões, e o mistério do sexo encontra a sua suprema satisfação quando a harmonia espiritual íntima é combinada com o elo material. Se de maneira alguma a religião exerce uma real influência na vida de um dos consortes, ou de ambos, a diferença nesta questão vital certamente afetará as vidas de ambos, mais profundamente do que as diferenças de berço, raça, língua, ou posição. Por conseguinte, é preciso que as partes, ao se darem em matrimônio, possuam as mesmas aspirações espirituais. Se duas pessoas se amam, as suas aspirações quanto às coisas supremas da vida devem ser idênticas. Note-se que a religião, neste caso, não constitui um simples rótulo, nem tampouco é uma questão de costume ou de berço. Duas pessoas poder ter nascido em religiões diferentes, mas se, por suas mútuas aspirações, vierem a descortinar da mesma maneira a verdade, elas certamente, de pronto, aceitarão os mesmos rituais e a mesma irmandade social. Caso contrário, a situação tornar-se-á insustentável, tanto individual como socialmente.

Não desposeis as idólatras até que se convertam: uma escrava crente é preferível a uma idólatra, mesmo que vos agrade. E não deis vossas filhas em casamento a idólatras até que se convertam: um escravo crente é preferível a um idólatra, mesmo que vos agrade. Eles vos apelam para o Fogo; e Deus vos apela para o Paraíso e o perdão e manifesta Suas revelações aos homens para que se lembrem.

(Mansour Challita, 1970)

E não casai com mulheres idólatras enquanto elas não creiam; mesmo uma escrava crente é melhor que uma idólatra, embora ela vos possa sumamente agradar. E não dai mulheres crentes em casamento a idólatras enquanto eles não creiam; mesmo um escravo crente é melhor que um idólatra, embora ele vos possa sumamente agradar. Esses convidam para o Fogo, mas Allah convida para o Céu e para o perdão por Seu poder. E Ele torna os Seus Sinais claros ao povo para que ele se possa lembrar.

 (Iqbal Najam, 1988)

وَلَا تَنْكِحُوا الْمُشْرِكَاتِ حَتّٰى يُؤْمِنَّۜ وَلَاَمَةٌ مُؤْمِنَةٌ خَيْرٌ مِنْ مُشْرِكَةٍ وَلَوْ اَعْجَبَتْكُمْۚ وَلَا تُنْكِحُوا الْمُشْرِك۪ينَ حَتّٰى يُؤْمِنُواۜ وَلَعَبْدٌ مُؤْمِنٌ خَيْرٌ مِنْ مُشْرِكٍ وَلَوْ اَعْجَبَكُمْۜ اُو۬لٰٓئِكَ يَدْعُونَ اِلَى النَّارِۚ وَاللّٰهُ يَدْعُٓوا اِلَى الْجَنَّةِ وَالْمَغْفِرَةِ بِاِذْنِه۪ۚ وَيُبَيِّنُ اٰيَاتِه۪ لِلنَّاسِ لَعَلَّهُمْ يَتَذَكَّرُونَ۟

Al Baqarah 2/221