Al Baqarah 2/158
As-safa e Al-marwa[¹] são entre os os símbolos que representam a adoração a Deus. Quem circumambula a Caaba, com a intenção de peregrinação ou cumprir a ‘umra, não há pecado em percorrer entre elas. Quem voluntariamente faz uma boa ação, saiba que Deus é Agradecido, Onisciente.
Al Baqarah 2/158
اِنَّ الصَّفَا وَالْمَرْوَةَ مِنْ شَعَٓائِرِ اللّٰهِۚ فَمَنْ حَجَّ الْبَيْتَ اَوِ اعْتَمَرَ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْهِ اَنْ يَطَّوَّفَ بِهِمَاۜ وَمَنْ تَطَوَّعَ خَيْرًاۙ فَاِنَّ اللّٰهَ شَاكِرٌ عَل۪يمٌ
[¹] Safa e Marwa são duas pequenas colinas perto de Caaba. Os peregrinos percorrem entre elas como uma fase obrigatória da peregrinação. No período da ignorância (antes da revelação do Alcorão), dois ídolos chamados Asaaf e Naila foram colocados em seus topos. Os muçulmanos pensavam que a circulação entre Safa e Marwa era realizada a fim de venerar esses ídolos e, portanto, evitavam a circulação. Este versículo declara que a circulação entre Safa e Marwa não é realizada para venerar os ídolos. Inter-relacionando esse versículo e Al Baqarah 2/196, “Completai a Peregrinação e a Umra para Deus”, podemos entender que a Peregrinação e a Umra foram deixadas incompletas naquele momento. A parte que faltava era a recorrência entre essas duas colinas, e não é um dever opcional, mas obrigatório, para concluir a Peregrinação e a Umra.
Por certo, As-Safa e Al Marwah estão entre os lugares sagrados de Allah. Então, quem quer que faça a peregrinação[²] à Casa, ou faça Al Umrah[³] não haverá culpa sobre ele, ao fazer vai-vém entre ambos. E quem faz, voluntariamente, uma boa ação, por certo, Allah é Agradecido, Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] As-Safa e Al Marwah: as duas colinas, localizadas nas proximidades do vale de Makkah, perto da Kaᶜbah e do poço Zam-Zam, as quais escalou Hãgar, sucessivamente, sete vezes, em busca de água para seu filho Ismael. Extenuada pela busca, retornou para junto do filho, ao lado do qual encontrou um anjo, escavando a terra, de onde fez brotar um poço, o poço Zam-Zam, existente até os dias de hoje. Este percurso de sete escaladas às colinas integrou-se ao ritual da peregrinação desde os tempos abraâmicos. Ocorre que, anteriormente ao Islão, os árabes locupletaram a Kaᶜbah e seus arredores de ídolos, a tal ponto que, na colina de As-safa e Al Marwah, adoravam, respectivamente, os ídolos; Issãf e Na ila. Com o advento do Islão e aniquilados os ídolos, a peregrinação passou a constituir um dos pilares do Islamismo, juntamente com as-salãh, az-zakãh, o jejum e a profissão de fé. Com receio de serem confundidos com os pagãos, os primeiros moslimes abstiveram-se percorrer as duas colinas e, por essa razão, foi revelado esse versículo para esclarecê-los sobre isso, tranqüilizá-los e convidá-los a continuar observando este ritual. [²] A peregrinação Al Hajj, consiste na viagem a Makkah, para visita à Kaᶜbah e ao Monte Arafat, onde se deve permanecer algum tempo. Esta prática é recomendada a todos os moslimes, ao menos por uma vez na vida, no 12.° mês do ano lunar, desde que o crente esteja em condições físicas e econômicas favoráveis. Além do culto religioso, é congraçamento universal, pois reúne moslimes de todas as partes do mundo. Os peregrinos devem trajar-se uniformemente, com, apenas, dois panos brancos e sem costuras, adaptados ao corpo; as mulheres devem trajarse com roupas longas, e, conjuntamente, todos dão graças ao Senhor e Lhe entoam louvores, longe das coisas mundanas, das vaidades e paixões, e, mormente, das diferenças existentes entre os homens: o rei se prostra ao lado do plebeu, o pobre , do rico, o negro do branco, em pé de igualdade, irmanados em uma única fé. [³] Al-umrah: forma derivada do verbo iᶜtamara, visitar; conjunto de ritos islâmicos, que consistem na visita de Ka'bah e no percurso entre as duas colinas de As-Safa e Al Marwah, feita em qualquer época do ano.
As colinas de Assafa e Almarwa[¹] fazem parte dos rituais de Deus e, quem peregrinar à Casa[²], ou cumprir a ‘umra[³], não cometerá pecado algum em percorrer a distância entre elas. Quem fizer espontaneamente além do que for obrigatório, saiba que Deus é Retribuidor, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A virtude da paciente perseverança na fé induz à menção de dois monumentos simbólicos dessa virtude. Existem dois pequenos montes, o de Assafa e o de Almarwa, agora absorvidos pela cidade de Makka, situados perto do poço de Zamzam. Aí, de acordo com tradições, Agar, mãe de Ismael, orou suplicando por água no deserto adusto e, levada pela sua afoita busca ao redor desses montes, teve respondidas as suas orações e avistou o manancial de Zamzam. Infelizmente os árabes idólatras haviam colocado ali um ídolo masculino e outro feminino, causando, com seus rituais grosseiros e supersticiosos, ofensa aos primitivos muçulmanos, fazendo com que estes experimentassem alguma hesitação em percorrer aquelas plagas durante a peregrinação. [²] A Sagrada Mesquita: a Caaba, na sagrada cidade de Makka. Não é correto insinuarmos que a ordem, instituindo a Caaba como quibla, ab-rogue o versículo 115 desta, onde é asseverado que o Leste e o Oeste pertence a Deus e que Ele é Onipresente. Isto é perfeitamente verdadeiro em todas as épocas, antes e depois da instituição da quibla. [³] O Hajj é a peregrinação principal, cujos rituais acontecem durante os primeiros dez dias do mês de Dul-hijja. A Umra constitui uma peregrinação menos formal e se dá em qualquer época do ano. Em ambos os casos suplicante peregrino começa por colocar sobre si uma vestimenta simples, de tecido, sem costura, dividida em duas peças, quando ainda está a alguma distância de Makka. A colocação dessa vestimenta peregrina (Ihram) caracteriza o simbolismo da renúncia às vaidades do mundo. Depois disto, e em todo o transcorrer da peregrinação, ele não deve usar outras roupas, não deve usar ornamentos, besuntar seus cabelos, usar perfumes, caçar, ou praticar outros atos proibidos. O complemento da peregrinação é simbolizado por rasparem as cabeças os homens, cortarem as madeixas de seus cabelos as mulheres, pelo abandono do Ihram a reposição das vestes comuns.
As-Safa e Al-Marua figuram entre os lugares de Deus. Quem fizer a peregrinação à Casa ou a visitar, não cometerá transgressão se circundar esses dois montes. E a quem praticar a caridade, espontaneamente, Deus mostrará Seu reconhecimento.
(Mansour Challita, 1970)
Por certo, Al-Safã e Al-Marua contam-se entre os Sinais de Allah. Não é, pois, pecado que aquele que vai em peregrinação à Casa, ou pratica ‘Umra, corra entre as duas. E quem quer que pratique o bem além do que é obrigatório, por certo então, Allah c Apreciador, Todo-Sabedor.
(Iqbal Najam, 1988)
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