Ál Imran 3/179

Que os avarentos, com o que Deus deu a eles de Seu favor não suponham que isso seja bom para eles. Não, isso é mau para eles. As coisas com que eles são mesquinhos estarão cingidos em seus pescoços no Dia da Ressurreição. A Deus pertence a herança dos céus e da terra. Deus está ciente de tudo que fazeis.

(Fundação Suleymaniye)

E que os que são avaros com o que Allah lhes concedeu de Seu favor não suponham que isso lhes seja um bem; ao contrário, isso lhes é um mal. No Dia da Ressurreição, estarão cingidos, ao pescoço, por aquilo a que se apegarem com avareza[¹]. E de Allah é a herança dos céus e da terra. E Allah, do que fazeis, é Conhecedor.

(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Conforme a tradição islâmica, os bens amealhados pelo avaro serão transformados, no Dia do Juízo, em enorme serpente, que lhe cingirá o pescoço, à guisa de colar e o picará, da cabeça aos pés, repetindo-lhe, incessantemente: “sou tua riqueza, sou teus tesouros”.

Que os avarentos, que negam fazer caridade daquilo que com que Deus os agraciou[¹], não pensem que isso é um bem para eles; ao contrário, é prejudicial, porque no Dia da Ressurreição, irão, acorrentados[²], com aquilo com que mesquinharam. A Deus pertence a herança dos céus e da terra, porque Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis.

(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] As graças são de toda a espécie; materiais, tais como riqueza, propriedade, força física etc.; graças intangíveis, tais como: influência, berço de ouro, inteligência, destreza, visão ampla, etc.; graças espirituais do mais alto teor. Despendermos de todas essas faculdades (excetuando-se o que for necessário para nós mesmos), em prol daqueles que necessitam delas, constitui caridade e purifica o nosso próprio caráter. Recusá-la (excetuando-se o que for de nossa necessidade) constitui, de igual modo, cupidez e egoísmo, e é energicamente condenável.
[²] Por meio de uma metáfora apropriada, é asseverado que a sua riqueza, ou quaisquer outras graças que ele tenha acumulado, circundar-lhe-ão o pescoço, e não lhe proporcionarão qualquer bem. Desejará livrar-se daquilo, mas não será capaz. De acordo com a frase bíblica, com outra conotação, aquelas cosias parecer-lhe-ão como uma mó de moinho, em torno do pescoço (Mateus, 18:6). A metáfora, aqui, é mais consistente. Ele abraçou-se, sofregamente, à sua riqueza ou às suas graças. Estas constituir-se-ão em pesado colar, labéu do cativeiro, em torno do seu pescoço. Estarão fortemente atadas e retorcidas, e lhe causarão dor e angústia, em vez de prazer.

Deus não deixaria os crentes no estado em que estais se não quisesse distinguir, primeiro, o bom do malvado. E não vos revelaria o invisível. Mas Ele escolhe entre Seus Mensageiros quem quiser. Crede, pois, em Deus e em Seus Mensageiros. E se crerdes e fordes piedosos, magnífica será vossa recompensa.

(Mansour Challita, 1970)

E que não julguem os que são mesquinhos em respeito ao que Allah lhes deu de Sua beneficência, que isso é bom para eles; pelo contrário, é mau para eles. Aquilo em respeito ao que eles foram mesquinhos ser-lhes-á posto como um colar em volta do pescoço no Dia da Ressureição. E a Allah pertence à herança dos céus e da terra, e Allah dá-se bem conta do que vós fazeis.

(Iqbal Najam, 1988)

وَلَا يَحْسَبَنَّ الَّذ۪ينَ يَبْخَلُونَ بِمَٓا اٰتٰيهُمُ اللّٰهُ مِنْ فَضْلِه۪ هُوَ خَيْرًا لَهُمْۜ بَلْ هُوَ شَرٌّ لَهُمْۜ سَيُطَوَّقُونَ مَا بَخِلُوا بِه۪ يَوْمَ الْقِيٰمَةِۜ وَلِلّٰهِ م۪يرَاثُ السَّمٰوَاتِ وَالْاَرْضِۜ وَاللّٰهُ بِمَا تَعْمَلُونَ خَب۪يرٌ۟

Ál Imran 3/179