Al Baqarah 2/228

As mulheres divorciadas por seus maridos aguardam, por si mesmos, três (limpos) períodos[¹]. Não lhes é lícito que ocultem o que Deus criou em seus úteros[²] se elas creem em Deus e no Derradeiro Dia. Seus maridos tem o direito em voltar a elas durante esse período, se desejam reconciliação[³]. De acordo com as medidas do Alcorão (medidas conhecidas), os direitos das mulheres sobre os homens são iguais aos direitos dos homens sobre as mulheres. Os homens têm um degrau de diferença mais acima delas (no assunto de divórcio)[⁴]. Deus é Supremo, Judicioso.

Fundação Suleymaniye
[¹] Este período de espera é o tempo que a mulher divorciada vai passar na casa de seu marido (vide At Talaq 65/1). Uma vez que a relação sexual é proibida durante os períodos de menstruação, o tempo que ela irá esperar por si mesmo denota os períodos limpos quando a relação sexual é permitida. Portanto, os três períodos mencionados no versículo são três períodos limpos.
[²] Porque o dever de contar o período de espera é atribuído ao homem (vide At Talaq 65/1), a mulher terá pecado a menos que ela dê as informações corretas.
[³] O homem, somente se tiver boas intenções, pode voltar para sua esposa antes do final do período de espera. A palavra “ahaqq = أحق“ é “adjetivo mushabbaha”, um adjetivo que expressa permanência.
[⁴] Como o versículo é sobre divórcio, o “grau” mencionado aqui é a diferença entre as autorizações e responsabilidades dos cônjuges em relação ao divórcio.

E que as divorciadas aguardem, elas mesmas, antes de novo casamento, três períodos menstruais[¹] e não lhes é lícito ocultarem o que Allah criou em suas matrizes, se elas crêem em Allah e no Derradeiro Dia. E, nesse ínterim, seus maridos têm prioridade em tê-las de volta, se desejam reconciliação. E elas têm direitos iguais às suas obrigações, convenientemente. E há para os homens um degrau acima delas[²]. E Allah é Todo-Poderoso, Sábio.

 (Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Isso, para elas se assegurarem da ausência de gravidez. 

[²] Compete ao homem, em caso de divórcio, voltar atrás na decisão. Ele é quem deve deliberar sobre o assunto. Parece que o escalão, mencionado neste versículo, refere-se a este privilégio, e deve, assim, ser entendido, estritamente, neste caso, não genericamente, em todos os assuntos de vida (Vide Sayyed Qutb, Zilal-al-Qur ãn, volume II, pp. 246-247).

As divorciadas aguardarão três menstruação e, se crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, não deverão ocultar o que Deus criou em suas entranhas. E seus esposos têm mais direito de as readmitir, se desejarem a reconciliação[¹], porque elas tem direitos equivalentes aos seus deveres, embora os homens tenham um grau sobre elas[²], porquanto Deus é Poderoso, Prudentíssimo.

 (Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O Islam tenta manter o estado matrimonial tão prolongado quanto possível, especialmente quando há filhos envolvidos; porém, é contrário às restrições à liberdade do homem e da mulher em assuntos de importância vital, como o amor e a vida familiar. Ele restringe os atos impetuosos tanto quanto possível, e deixa em aberto as portas para a reconciliação em muitos itens. Uma sugestão de reconciliação é feita, sujeira a certas precauções (ver os versículos seguintes) contra atos impensados.

[²] A diferença de posição econômica entre homens e mulheres faz com que os direitos e as responsabilidades daqueles sejam superiores aos destas. O versículo 34 da 4ª Surata refere-se ao dever do homem de manter a mulher, bem como a uma certa diferença, quanto à natureza dos sexos. Adstritos a isso, os sexos estão em igualdade de condições perante a lei.

As divorciadas devem observar na abstinência o prazo de três menstruações, e não lhes é permitido ocultar o que Deus tiver criado nas suas entranhas se acreditam em Deus e no último dia. Nesse prazo, seus maridos terão o direito de retomá-las de volta se desejarem a reconciliação. As mulheres têm direitos correspondentes a suas obrigações; mas os homens as superam de um degrau. Deus é poderoso e sábio.

(Mansour Challita, 1970)

E as mulheres divorciadas esperarão no que a elas respeita durante três menstruações; e não c legal para elas que escondam o que Allah criou no seu ventre, se elas crêem em Allah e no Último Dia; e seus maridos tem o maior direito em voltar a tomá-las durante esse período, desde que eles desejem reconciliação. E elas têm direitos semelhantes aos (dos homens) sobre elas, em equidade; mas os homens têm uma posição acima deias; e Allah é Poderoso e Sábio.

 (Iqbal Najam, 1988)

وَالْمُطَلَّقَاتُ يَتَرَبَّصْنَ بِاَنْفُسِهِنَّ ثَلٰثَةَ قُرُٓوءٍۜ وَلَا يَحِلُّ لَهُنَّ اَنْ يَكْتُمْنَ مَا خَلَقَ اللّٰهُ ف۪ٓي اَرْحَامِهِنَّ اِنْ كُنَّ يُؤْمِنَّ بِاللّٰهِ وَالْيَوْمِ الْاٰخِرِۜ وَبُعُولَتُهُنَّ اَحَقُّ بِرَدِّهِنَّ ف۪ي ذٰلِكَ اِنْ اَرَادُٓوا اِصْلَاحًاۜ وَلَهُنَّ مِثْلُ الَّذ۪ي عَلَيْهِنَّ بِالْمَعْرُوفِۖ وَلِلرِّجَالِ عَلَيْهِنَّ دَرَجَةٌۜ وَاللّٰهُ عَز۪يزٌ حَك۪يمٌ۟

Al Baqarah 2/228