Al Anbiya 21/87

E Zan-Nun ¹ quando se foi, irado, e pensou que não tínhamos possibilidade de repessâo contra ele; então, clamou nas trevas: “Não existe deus, senão Tu! Glorificado sejas! Por certo, fui dos injustos.”

Dr. Helmi Nasr, 2015

¹ Zun Nun: companheiro da baleia, epíteto de Jonas, que, assim, era conhecido, por haver o engolido por uma baleia (nun), conforme nos relata a tradição islâmica. Enviado, como profeta, a uma cidade, Jonas convocou seus habitantes a adorarem a Deus, mas eles desobedeceram, e isto o enfadou. Impacientado com a recalcitrância deles, Jonas saiu da cidade, imaginando encontrar, na imensidão da Terra, outro lugar para sua pregação, sem recear que Deus pudesse condená-lo por isso. Ao aproximar-se do mar e pretendendo evadir-se da cidade, entrou em um barco, que lá se encontrava, lotado de passageiros. Assim que o barco partiu, o barqueiro, para aliviar a carga, decidiu que teria de livrar-se de um dos passageiros, para pôr a salvo os demais. Fez um sorteio e Jonas foi o escolhido para ser arremessado ao mar. Feito isso, foi ele engolido por uma baleia. Imerso na escuridão das trevas da noite, do mar e do interior do animal, Jonas, aflito, invocou a Deus, exclamando: “Não existe Deus senão Tu! Certamente, fui dos iníquos!” Deus, então, atendeu-lhe a prece e fez a baleia expeli-lo nas praias próximas da cidade, onde deveria haver permanecido. E, assim, Jonas foi salvo. Vide XXXVII 139- 148, e Bíblia, Jonas II 1-10.

E (recorda-te) de Dun-Num ¹ quando partiu, bravo, crendo que não poderíamos controlá-lo. Clamou nas trevas: Não há mais divindade do que Tu! Glorificado sejas! É certo que me contava entre os iníquos!

Prof. Samir El Hayek, 1974

¹ Dun-nun (o homem do Peixe, ou da Baleia) é o título dado a Jonas (Yunus), porque ele foi engolido por um enorme peixe ou baleia. Ele foi o profeta enviado para admoestar a capital assíria, Nínive. Quando a sua primeira admoestação foi desconsiderada pelas pessoas, ele anunciou a Ira de Deus sobre elas. Porém, elas se arrependeram, e Deus as perdoou por algum tempo. Jonas, no entanto, partiu zangado, desencorajado com o aparente fracasso da sua missão. Ele foi embora para o mar, e tomou um navio; mas aparentemente os marinheiros o atiraram à água, como homem de mau augúrio, em meio a uma tempestade. Ele foi engolido por um enorme peixe (ou uma baleia); porém, nas profundezas da escuridão, ele implorou a Deus, e confessou a sua fraqueza. Deus, o Graciosíssimo, o perdoou. Ele foi arremessado à praia; foi-lhe dado, como abrigo, em seu estado de lassidão física e mental, uma planta. Ele ficou renovado e revigorado, e o trabalho da sua missão prosperou. Assim, ele sobrepujou todos os seus desapontamentos pelo arrependimento e pela Fé, e Deus o aceitou.

E Jonas quando partiu, irado, pensando que nada poderiamos contra ele. Depois, nas trevas, declarou: “Não há deus senão Tu. Glorificado sejas! Eu era um dos iníquos.”

Mansour Challita, 1970

E lembra-te de Dhu’l nūn (Jonas) quando ele se foi embora zangado, e ele acreditava que o nosso decreto não o alcançaria, e ele bradou na escuridão, dizendo, “Não há nenhum Deus senão Tu. Santo Tu és. Eu na verdade tenho sido dos que fazem o mal”.

Iqbal Najam, 1988

وَذَا النُّونِ اِذْ ذَهَبَ مُغَاضِبًا فَظَنَّ اَنْ لَنْ نَقْدِرَ عَلَيْهِ فَنَادٰى فِي الظُّلُمَاتِ اَنْ لَٓا اِلٰهَ اِلَّٓا اَنْتَ سُبْحَانَكَۗ اِنّ۪ي كُنْتُ مِنَ الظَّالِم۪ينَۚ

Al Anbiya 21/87