Deus realmente sela ou bloqueia os corações das pessoas? Por que as pessoas são responsáveis por seus atos maus?
É uma questão de preocupação se Allah fecha/sela o coração das pessoas, e se Ele faz, como as pessoas podem ser responsabilizadas por isso. Vamos dar uma olhada nos versos relacionados.
Allah, Todo-Poderoso decreta:
خَتَمَ اللَّهُ عَلَى قُلُوبِهِمْ وَعَلَى سَمْعِهِمْ وَعَلَى أَبْصَارِهِمْ غِشَاوَةٌ وَلَهُمْ عَذَابٌ عَظِيمٌ
“Allah selou os seus corações e os seus ouvidos; seus olhos estão velados e sofrerão um severo castigo.” (Al Bácara | A Vaca 2/7)
Neste versículo, as conseqüências ruins de comportamentos negativos são expressas usando metáforas 1 A metáfora é definida como “uma figura de fala em que um termo ou frase é aplicado a algo a que não é literalmente aplicável para sugerir uma semelhança”. Por exemplo, uma pessoa que diz: “Ele é uma raposa!” Na verdade não fala sobre uma raposa, mas ele compara um homem com uma raposa sem usar uma preposição de semelhança.
A linguagem figurada consiste em uma ferramenta ou modalidade de comunicação, que utiliza figuras de linguagem para expressar um sentido não literal de um determinado enunciado. 2 “”Ele está se afogando nas suas preocupações.” Ou “Quando o Francisco chegou lá, ele deu com a cara no portão”. São exemplos de linguagem figurativa porque, não é possível significar o significado literal das frases e a preposição de semelhança não é usada.
A linguagem figurativa também é usada no verso acima, para representar a atitude preconceituosa dos ignorantes contra o Alcorão. Na linguagem figurativa, o significado literal não pode ser significado; Assim é neste verso. Caso contrário, essas pessoas não poderiam ser responsabilizadas. Alguém com coração e ouvido selado e cuja visão é velada não será responsável por acreditar em nada. No entanto, Allah, o Todo-Poderoso decreta:
لَا يُكَلِّفُ اللَّهُ نَفْسًا إِلَّا وُسْعَهَا
“Allah não impõe a nenhuma alma uma carga superior às suas forças.” (Al Bácara | A Vaca 2/286)
Uma vez que essas sentenças são erroneamente assumidas para expressar seus significados literais em vez de metafóricas, revelar o “como se” implícito nas frases se torna obrigatório.
É o mesmo para os seguintes versículos do Surata Ya-Sin:
لَقَدْ حَقَّ الْقَوْلُ عَلَى أَكْثَرِهِمْ فَهُمْ لَا يُؤْمِنُونَ . إِنَّا جَعَلْنَا فِي أَعْنَاقِهِمْ أَغْلَالًا فَهِيَ إِلَى الْأَذْقَانِ فَهُمْ مُقْمَحُونَ . وَجَعَلْنَا مِنْ بَيْنِ أَيْدِيهِمْ سَدًّا وَمِنْ خَلْفِهِمْ سَدًّا فَأَغْشَيْنَاهُمْ فَهُمْ لَا يُبْصِرُونَ . وَسَوَاءٌ عَلَيْهِمْ أَأَنْذَرْتَهُمْ أَمْ لَمْ تُنْذِرْهُمْ لَا يُؤْمِنُونَ
“A palavra provou ser verdadeira sobre a maioria deles, pois que são incrédulos. Nós sobrecarregaremos os seus pescoços com correntes até ao queixo, para que andem com as cabeças erguidas (sem poderem ver). E lhes colocaremos uma barreira pela frente e uma barreira por trás, e lhes ofuscaremos os olhos, para que não possam ver. Tanto se lhes dá que os admoestes ou não; jamais crerão.” (Yá Sin 36/7-10)