Al Baqarah 2/104

Ó fiéis, não digais “pastoreia-nos”, dizei “vigia-nos”[¹], e ouvi (a palavra de Deus). Há um doloroso castigo aos incrédulos.

(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra "raaina = رَاعِنَا" no verso significa "pastoreia-nos" ou "vigia-nos". Quem quer que diga "pastoreia-nos" pode ser tratado como um animal, mas a palavra "vigia-nos" não pode ser usada com outras intenções. Os muçulmanos chamam o povo “raaiyyah (pl. Raa'ya)", embora seja contrário a esse versículo. Na tradição, as autoridades são consideradas como Deus e as pessoas são consideradas como rebanhos. Isso foi fornecido por meio de uma narração que é falsamente atribuída ao Profeta Muhammad: “Quem me obedece, obedece a Deus, e quem me desobedece, desobedece a Deus. Quem obedece ao chefe me obedece, e quem desobedece ao chefe me desobedece. O imã é como um abrigo para cuja segurança os muçulmanos deveriam lutar e onde deveriam buscar proteção. Se o imã liderar as pessoas com retidão e governar de maneira justa, ele será recompensado por isso e, se fizer o contrário, será responsável por isso” (Bukhari 2956, 2957; referência no livro: Livro 56, Hadice 168).

Ó vós que credes! Não digais a Muhammad “raina”[¹], e dizei “unzurnã”, e ouvi. E, para os renegadores da Fé, haverá doloroso castigo.

 (Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Os moslimes, ao receberem os ensinamentos do Profeta, tinham o hábito de dizer-lhe: "Raina!", imperativo com o sentido de "cuida de Nós!". Os judeus, sempre hostis ao Profeta, para simularem o insulto que lhe dirigiam, usavam este imperativo, com ligeira corruptela fonética, tornando-o, perfidamente, semelhante a uma palavra hebraica, הבער ("Rainu"), que significa "Nosso malvado". Por essa razão, o Alcorão pediu aos moslimes que não mais usassem esta forma invocativa, mas a substituíssem pela palavra "Unzurnã". "Olha-nos".

Ó fiéis, não digais (ao Profeta Mohammad): “Raina”[¹], outrossim dizei: “Arzurna” e escutai. Sabei que os incrédulos sofrerão um doloroso castigo.

 (Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A palavra criticada é Ráina, que, empregada pelos muçulmanos, significa "digna-nos com a tua atenção". Contudo, era ridicularizada pelos inimigos, pois, com uma leve distorção, apresentava um significado insidioso. A outra palavra, sem ambigüidade, é Anzurna, que tem o mesmo significado ("digna-nos com a tua atenção"). A doutrina geram consiste em que devemos nos resguardar do truques cínicos, de usos de palavras que soam como elogio aos nossos ouvidos, mas que, no fundo, encerram aguilhões. Não somente devemos ser concisos nos nossos termos, mas também ouvir respeitosamente as palavras do Mestre a quem nos dirigimos. As pessoas imponderadas usam palavras vãs ou suscitam questões tolas e, inadvertidamente, fazem digressões.

Ó vós que credes, não digais: “Observa-nos.” Dizei: “Olha-nos.” E escutai. Um castigo doloroso aguarda os descrentes.

(Mansour Challita, 1970)

Oh vós que credes! não dizei (ao profeta) mas dizei ouça nos porém dizei olhar por nos e atentai. E para os incréus é um doloroso castigo.

 (Iqbal Najam, 1988)

يَٓا اَيُّهَا الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا لَا تَقُولُوا رَاعِنَا وَقُولُوا انْظُرْنَا وَاسْمَعُواۜ وَلِلْكَافِر۪ينَ عَذَابٌ اَل۪يمٌ

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